Moedas de ouro de 1.400 anos encontradas em mosteiro cristão no deserto da Judeia.

Moedas de ouro de 1.400 anos encontradas em mosteiro cristão no deserto da Judeia.

Fonte e fotos: Michal Haber/Institute of Archaeology of the Hebrew University of Jerusalem


Arqueólogos encontraram moedas de ouro e um anel do período bizantino em um antigo mosteiro cristão no deserto da Judeia, a cerca de 17 quilômetros ao sudeste de Jerusalém, na Cisjordânia. Os objetos têm cerca de 1.400 anos e indicam a presença cristã ativa na região durante o século 7º.

As peças foram localizadas no sítio arqueológico de Hyrcania, também conhecido como Khirbet el-Mird, durante escavações conduzidas pela Unidade de Arqueologia da Administração Civil, em cooperação com a Universidade Hebraica de Jerusalém. O achado foi anunciado em 24 de dezembro.

As moedas trazem a imagem do imperador bizantino Heráclio, que governou entre 610 e 641. De um lado, aparece o retrato do governante; do outro, uma cruz cristã. O padrão segue o do sólido, moeda de ouro usada pelo Império Bizantino em transações oficiais e religiosas.

Segundo os pesquisadores, o material indica que o mosteiro mantinha vínculos com a economia imperial, apesar de estar em uma área isolada. O uso de ouro sugere circulação de recursos e doações ligadas à peregrinação cristã.

O anel encontrado junto às moedas é feito de ouro e tem uma pedra amarela. Pelo tamanho, os arqueólogos avaliam que a peça pode ter pertencido a uma mulher. A hipótese é de que o objeto tenha sido deixado por uma peregrina ou levado ao local por civis que buscaram refúgio no mosteiro em períodos de conflito.

Hyrcania foi construída originalmente como fortaleza no período hasmoneu, entre os séculos 2º e 1º antes de Cristo. Mais tarde, foi ampliada por Herodes, o Grande. O local ficou abandonado por séculos até ser ocupado, em 492, por monges cristãos ligados a São Sabas, figura central do monaquismo no deserto da Judeia.

O mosteiro funcionava como centro comunitário e de formação religiosa. Cisternas e aquedutos herdados das fases anteriores permitiam a sobrevivência em um ambiente árido. Escavações anteriores já haviam identificado inscrições religiosas e moldes usados na produção de objetos para peregrinos.

Os arqueólogos afirmam que os achados reforçam a ideia de que os mosteiros do deserto não eram apenas locais de isolamento espiritual, mas também pontos integrados à vida econômica e religiosa da região.

O sítio entrou em declínio entre os séculos 8º e 9º, após a consolidação do domínio islâmico. As escavações continuam em caráter de salvamento, diante dos danos causados por saques e pela deterioração natural das estruturas.

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