Além das moedas bizantinas de ouro, os arqueólogos também encontraram um molde de pedra usado há cerca de 1.400 anos para fabricar lembranças religiosas levadas por peregrinos cristãos.

Além das moedas bizantinas de ouro, os arqueólogos também encontraram um molde de pedra usado há cerca de 1.400 anos para fabricar lembranças religiosas levadas por peregrinos cristãos.

Fonte e fotos: Michal Haber/Institute of Archaeology of the Hebrew University of Jerusalem

Arqueólogos encontraram um molde de pedra usado há cerca de 1.400 anos para fabricar lembranças religiosas em um antigo mosteiro cristão no deserto da Judeia. O achado foi feito no mesmo sítio onde, vieram à tona moedas de ouro do período bizantino, indicando intensa atividade cristã na região.

O objeto foi localizado em Hyrcania, também conhecida como Khirbet el-Mird, a cerca de 17 quilômetros ao sudeste de Jerusalém, na Cisjordânia. As escavações são conduzidas pela Universidade Hebraica de Jerusalém em parceria com a Unidade de Arqueologia da Administração Civil.

O molde, feito de calcário, era usado para produzir pequenos frascos chamados ampullae. Esses recipientes eram levados por peregrinos como recordação das visitas a locais ligados à vida de Jesus e de outros santos do cristianismo primitivo.

Segundo os pesquisadores, o molde traz uma cruz decorada e uma inscrição em grego que diz “Bênção do Senhor dos lugares santos”. A leitura foi feita pelo epigrafista Avner Ecker. Achados desse tipo são raros e sugerem produção local de objetos religiosos.

A descoberta reforça a interpretação de que o mosteiro funcionava como ponto de parada em rotas de peregrinação cristã durante o período bizantino. O local ficava próximo à estrada que ligava Jerusalém a Jericó e entre centros religiosos importantes, como o mosteiro de São Sabas e Belém.

O novo achado se soma às moedas de ouro encontradas recentemente no mesmo sítio. As peças trazem a imagem do imperador bizantino Heráclio, que governou entre 610 e 641, e símbolos cristãos. Para os arqueólogos, o uso de ouro indica que o mosteiro mantinha vínculos com a economia imperial.

Também foram localizados um anel de ouro com pedra amarela e a tampa de um pequeno relicário de pedra, possivelmente usado para guardar restos de santos. Os objetos sugerem a presença de peregrinos e doações ao mosteiro.

Hyrcania foi construída originalmente como fortaleza no período hasmoneu, entre os séculos 2º e 1º antes de Cristo. Após ser ampliado por Herodes, o Grande, o local ficou abandonado até o fim do século 5º, quando passou a abrigar um mosteiro fundado por São Sabas.

O complexo sobreviveu à conquista islâmica do século 7º, mas entrou em declínio entre os séculos 8º e 9º. As escavações seguem em caráter de salvamento, diante de danos causados por saques e pela deterioração natural.

Para os pesquisadores, os achados mostram que os mosteiros do deserto não eram apenas espaços de isolamento espiritual. Funcionavam também como centros econômicos ligados à peregrinação cristã, integrados à vida religiosa do Mediterrâneo oriental.

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