Colecionadores pagam milhões por moedas levadas ao espaço em 1999

Colecionadores pagam milhões por moedas levadas ao espaço em 1999

Sete exemplares raríssimos do dólar Sacagawea, cunhados em ouro 22 quilates e levados a bordo da nave Columbia em 1999, foram arrematados por mais de US$ 3,2 milhões em um leilão nos Estados Unidos. Dois deles alcançaram o valor recorde de US$ 550 mil cada, cerca de 325 vezes o preço do ouro contido nas peças.

As moedas, classificadas como padrão experimental Judd-2190, foram produzidas pela Casa da Moeda norte-americana para promover a estreia do dólar dourado em circulação no ano 2000. Apenas 39 exemplares foram cunhados. Doze viajaram ao espaço e 27 foram destruídos. Destes, cinco permaneceram em acervos oficiais e sete foram liberados para o mercado colecionador.

O voo ocorreu em julho de 1999, na missão STS-93, que lançou o observatório espacial Chandra e marcou a primeira vez em que uma mulher, a coronel Eileen Collins, comandou um ônibus espacial. Foi nessa missão que as moedas completaram 80 voltas em torno da Terra em quase cinco dias.

O detalhe histórico é que essa viagem aconteceu quatro anos antes da tragédia de 2003, quando o Columbia se desintegrou na reentrada da atmosfera, matando seus sete tripulantes. Ao citar a nave, é importante distinguir os dois momentos: em 1999, a missão foi um sucesso e deu origem a um dos maiores tesouros numismáticos da atualidade.

Após o retorno, os dólares ficaram guardados por mais de duas décadas no cofre de Fort Knox, em Kentucky, reforçando o mistério em torno de sua existência. A liberação pelo governo e o leilão realizado pela Stack’s Bowers, em setembro deste ano, transformaram o evento em marco para o mercado de numismática.

Além das sete moedas espaciais, foi vendido o primeiro exemplar de 2025 da série Sacagawea, cunhado em ouro 24 quilates para celebrar os 25 anos do programa. A peça, que não foi ao espaço, alcançou US$ 120 mil, servindo de comparação para o “prêmio” atribuído às moedas com histórico de voo espacial — pelo menos três vezes maior.

O resultado confirma a força de itens que cruzam fronteiras entre diferentes áreas de colecionismo, unindo a tradição numismática à memória da exploração espacial. Especialistas apontam que a combinação de raridade, narrativa histórica e autenticidade documental explica os preços inéditos. Para os brasileiros que acompanham o mercado, o caso reforça o potencial de valorização de moedas modernas quando associadas a fatos históricos de grande impacto.


Foto: NASA - NASA Launch of STS-93

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Comentário recente

  • user por VALTECIR AGUIAR FERRAZ

    Já houve muita desvalorização das moedas, mas para colecionadores a emoção de garimpar ítens como a moeda se 1 centavos é um prazer sem valor.

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  • user por Carmem

    Tenho cédula de um mil réis do império Brasil em excelente estado de conservação. Gostaria de avaliar. Alguém pode me ajudar?

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  • user por Celio Luiz da Silva cardoso

    Tenho moedas entre em contato 31990756559

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