Você já imaginou carregar uma nota de US$ 100 mil na carteira? Embora essa cédula seja real, ela nunca esteve disponível para o público geral e é a de maior valor já produzida pelos Estados Unidos.
Emitida entre 18 de dezembro de 1934 e 9 de janeiro de 1935, durante a Grande Depressão, a nota foi criada para facilitar transações entre bancos, especialmente grandes operações financeiras envolvendo ouro. Ela nunca circulou entre a população, e a posse particular dessa cédula é ilegal.
Ao todo, foram impressos cerca de 42 mil exemplares, mas a maioria foi destruída nos anos 1960, com a popularização das transações eletrônicas. Hoje, os poucos exemplares remanescentes estão sob a custódia do Federal Reserve ou em exibição em museus, como o Smithsonian Institution, onde o público pode ver um pedaço dessa história única.
Por que a nota foi criada?
A emissão da cédula de US$ 100 mil foi ordenada pelo presidente Franklin D. Roosevelt como parte das medidas para conter a crise econômica da época. Com a proibição de acumular ouro (através da Ordem Executiva 6102), o governo buscava retomar o controle do sistema financeiro e fomentar a recuperação econômica. Por isso, a nota foi emitida como um "Certificado de Ouro", representando o valor equivalente em ouro depositado no Tesouro Nacional.
Detalhes do design
A cédula traz no centro o retrato do presidente Woodrow Wilson, gravado por George Frederick Cumming Smillie, e inclui inscrições que certificam o depósito em ouro. Curiosamente, a nota não apresenta ouro em sua cor: o selo do Tesouro e os números de série são verdes na frente, enquanto o verso exibe um design laranja com o valor "$100,000" em destaque.
Curiosidades
- Apesar do valor nominal, a nota não era considerada um Federal Reserve Note, como os dólares tradicionais.
- É parte da série de 1934, que também inclui certificados de ouro nos valores de US$ 100, US$ 1.000 e US$ 10 mil.
- A nota mais antiga conhecida, com o número de série A00000001A, pode ser vista no National Museum of American History.
Embora não esteja mais em circulação, a nota de US$ 100 mil continua a fascinar entusiastas e historiadores, representando um marco da economia americana durante um período de grandes desafios.
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