Certificação aumenta valor de moedas e cédulas raras — mas só para quem tem peças com real potencial
Serviço especializado assegura autenticidade, padroniza avaliação e viabiliza negociações no mercado internacional
A certificação de moedas e cédulas raras tem se tornado um dos principais fatores de valorização no mercado numismático — desde que as peças possuam escassez, alta conservação e interesse real de mercado. Certificar uma cédula ou moeda não garante valorização automática, mas pode ser decisivo para quem possui peças relevantes.
O serviço oferecido por certificadoras como PMG (Paper Money Guaranty), PCGS e NGC inclui a verificação de autenticidade, avaliação de conservação e encapsulamento em invólucros rígidos chamados slabs. O processo é reconhecido globalmente e permite que colecionadores ou investidores negociem peças com mais segurança — inclusive à distância.
Certificação e graduação são serviços distintos
Como explica o vídeo #202 do canal Vivendo a História, muitos colecionadores confundem certificação com graduação. Ao solicitar apenas a certificação, a empresa atesta que a cédula é legítima, informando sua origem, denominação e características básicas. Nesse caso, não há atribuição de nota de conservação.
Já a graduação envolve uma avaliação mais aprofundada, na qual a peça recebe uma nota dentro da Escala Sheldon adaptada — de 1 a 70. Cédulas que atingem notas acima de 65 são consideradas “gemas”, peças de altíssimo padrão, como as chamadas “flor de estampa”. No caso das moedas, o critério é similar.
Certificadoras oferecem recursos complementares
Além da avaliação técnica, algumas certificadoras permitem registrar imagens em alta resolução, indicar se a peça é do primeiro dia de emissão ("First Day") ou se apresenta papel de qualidade excepcional, como mostram as siglas EPQ (Exceptional Paper Quality) da PMG e PPQ (Premium Paper Quality) da PCGS.
Esses serviços adicionais valorizam ainda mais as peças de alto nível. Mas, como reforça o canal, não fazem diferença para peças comuns ou desgastadas, especialmente aquelas emitidas aos bilhões durante o período inflacionário brasileiro — moedas e cédulas que continuam amplamente disponíveis no mercado de lote, sem valor comercial significativo.
Empresas como NGC, PCGS, PMG e Zenith lideram o setor
Entre as certificadoras mais respeitadas, destacam-se a americana PMG, especializada em cédulas e ligada ao grupo da NGC; a PCGS, que também atua com moedas e papel-moeda; e a francesa Zenith, em expansão. Cada uma possui critérios próprios, mas todas adotam variações da Escala Sheldon.
No Brasil, é comum encontrar cédulas e moedas certificadas por essas entidades, principalmente em coleções mais sofisticadas. A escolha da empresa pode impactar a aceitação e o valor percebido da peça, especialmente em leilões e negociações no exterior.
Certificação é investimento — e exige critério
Como mostram os vídeos do canal Vivendo a História, antes de investir na certificação, é preciso avaliar se a peça tem demanda real no mercado. O processo envolve custos e não é indicado para qualquer cédula ou moeda antiga. Muitas vezes, guardar a peça como parte de uma coleção pessoal pode ser mais proveitoso do que certificar um exemplar comum.
Para quem possui itens raros, bem conservados e com demanda crescente, a certificação é uma ferramenta poderosa. Para os demais, o foco pode estar no valor histórico, educativo ou afetivo da peça — que também têm seu lugar na numismática.