Banco Central lança a 10ª série de cédulas e reforça contraste com moedas históricas
O Banco Nacional Suíço (SNB) iniciou a criação de uma nova geração de notas, rompendo mais de um século de estabilidade visual. O concurso internacional para a 10ª série recebeu mais de 300 propostas. Seis finalistas foram selecionados, e o vencedor será anunciado no início de 2026. As novas cédulas devem entrar em circulação no começo da década de 2030.
O país, que preserva os mesmos desenhos em suas moedas há 150 anos, prepara agora uma mudança completa nas notas. O novo tema será “as altitudes e paisagens da Suíça”. As terras baixas estarão na nota de 10 francos; o Planalto Suíço, na de 20; as montanhas do Jura, na de 50; as montanhas, na de 200; e os Alpes, na de 1.000. A nota de 100 francos ainda não teve seu tema confirmado.
Apesar da troca de desenhos, o SNB manterá as mesmas cores e valores das cédulas para evitar confusão no manuseio e nos sistemas eletrônicos. O amarelo continuará associado à nota de 10 francos; o vermelho, à de 20; o verde, à de 50; o azul, à de 100; o marrom, à de 200; e o roxo, à de 1.000.
Segundo o banco, o motivo da mudança é técnico. A evolução das tecnologias digitais aumenta o risco de falsificação, e as novas notas trarão elementos de segurança mais sofisticados. “Nosso objetivo é manter a Suíça na vanguarda da tecnologia de cédulas bancárias”, informou o SNB.
As notas serão impressas em um substrato híbrido de algodão e polímero, mais durável e resistente. Cada unidade custará cerca de 40 centavos para ser produzida. O material permite incorporar recortes e recursos visuais que dificultam cópias.
O valor de notas em circulação no país cresceu de 40 bilhões de francos em 2007 para 87 bilhões em 2022, o que reforça o papel do dinheiro físico. A nota de 1.000 francos continuará existindo, como meio de pagamento e reserva de valor — característica que distingue a Suíça de outros países que eliminaram cédulas de alto valor.
Enquanto as notas entram em nova fase, as moedas metálicas continuarão intocadas. O busto feminino criado por Karl Voight, em 1879, e a figura de Helvetia, desenhada por Albert Walch, em 1875, seguem em uso contínuo. A Swissmint, casa da moeda do país, não prevê alterações.
Com isso, a Suíça reafirma sua dupla estratégia monetária: inovação nas notas para garantir segurança e permanência nas moedas para simbolizar tradição. O franco suíço, um dos símbolos mais sólidos da economia mundial, muda o suficiente para continuar o mesmo.