A moeda comemorativa de R$ 1 lançada em 2024 pelo Banco Central, em celebração aos 30 anos do Plano Real, está entre as finalistas do prêmio internacional Coin of the Year (COTY) 2025, conhecido como o “Oscar das moedas”. A peça concorre na categoria Melhor Moeda Circulante, e o resultado será anunciado em 21 de agosto, durante a World’s Fair of Money, em Oklahoma City, nos Estados Unidos.
O COTY é organizado de forma independente e reconhece anualmente inovação e design em moedas. Criado em 1984 pela editora americana Krause Publications, o prêmio reúne especialistas de várias áreas da numismática. Para a edição de 2025, dedicada às moedas cunhadas em 2024, cerca de 7 mil peças foram emitidas no mundo. Destas, aproximadamente 550 foram inscritas por bancos centrais, casas da moeda e colecionadores. Após a triagem inicial, restaram 100 finalistas de 38 países, divididos em dez categorias.
A moeda brasileira tem tiragem de 45 milhões de unidades e mantém as dimensões e o material da peça de R$ 1 em circulação. No anverso, traz a efígie da República acompanhada de linhas diagonais e do símbolo “R$”. Na borda dourada, as inscrições “30 Anos do Real”, “1994-2024” e “Brasil”. O reverso é idêntico ao da moeda comum, com a esfera, a faixa e o Cruzeiro do Sul, em referência à Bandeira Nacional.
A escolha de uma tiragem ampla reflete a intenção de democratizar o acesso à moeda comemorativa, permitindo que circule de forma massiva. No mercado numismático, porém, apenas exemplares em estado Flor de Cunho (sem sinais de uso) tendem a alcançar valor acima do nominal.
A candidatura brasileira ganha relevância pelo peso histórico do Plano Real, implementado em 1994 como resposta à hiperinflação que chegou a 2.477% ao ano em 1993. A criação do real estabilizou a economia e mudou a vida de milhões de brasileiros.
Embora o vencedor geral do COTY 2025 tenha sido a moeda austríaca de 20 euros “Supernova”, na categoria Moeda Mais Artística, o resultado específico para “Melhor Moeda Circulante” não foi divulgado até agora. O fato de a moeda brasileira integrar o grupo das 100 melhores do mundo já representa um reconhecimento internacional de sua importância cultural e histórica.